sábado, 24 de novembro de 2012

Os Nada-Contentes

São aqueles que não suportam que os outros vivam livremente. Não tolera a felicidade na face e na simplicidade da vida alheia.

 
São aqueles que consideram que um adulto não pode desejar tomar banho na chuva. Acreditam que quando crescemos, as coisas de crianças ficam para trás. Pensam eles que quando crescemos não podemos mais apreciar uma limonada e usam a Bíblia para fazerem a afirmação que quando nos tornamos adultos, as coisas simples não podem fazer parte de nossa vida. Quando eles vêem outro adulto apreciando a chuva, se sentem afrontados, como pode um adulto sair na chuva com o propósito de se molhar? Eles se perguntam! Coisa de adulto é correr da chuva e não banhar na chuva.

Os infelizes são aqueles que se escandalizam quando alguém que não é criança diz que aprecia um delicioso leite com café ou com chocolate.

Infelizes são os que não vivem intensamente a simplicidade da vida. Os que não sabem ou não podem (por causa das coisas de adultos) apreciar o sol, o vento, o canto dos pássaros ou a chuva no rosto.

Infelizes são os que não consegue enxergar Vida fora da religiosidade em que estão presos. Não conseguem ver a Glória de Deus em todas as coisas, acham que Deus está apenas no templo nos dias de culto e se esquecem que Deus é Tudo em Todos (1 Co 15:28).

Como são infelizes os que se consideram santos mediante a religiosidade. Quanta arrogância! Não aprenderam nada com o Homem de Nazaré? São muito infelizes os que consideram que quando crescemos não podemos apreciar um conto de fada. Consideram-se tão adultos, mas são tão infantis esses seres Nada-Contentes.


Parafraseando Chesterton, digo: As pessoas não morreram por falta de maravilhas, mas por não saber se maravilhar.  E encerro o post com o que Lewis escreveu: Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino, inclusive o medo de ser infantil e o desejo de ser adulto.

Ótima semana a todos (as) leitores (as) do Blog

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